INTERCÂMBIO BRASIL - EUROPA
Aprender com outras culturas e mostrar os talentos do Pará para outros países é o objetivo de um grupo de bailarinas, que tem excursionado pela Europa, em um intercâmbio e imersões internacionais. As bailarinas foram selecionadas nos eventos Circuito Norte em Dança, Festival Regional de Dança, Encontro Panamericano de Dança da Amazônia e Curso de Verão. Dentre as selecionadas há profissionais de Castanhal, Abaetetuba, Ananindeua e Benevides.
Aprender com outras culturas e mostrar os talentos do Pará para outros países é o objetivo de um grupo de bailarinas, que tem excursionado pela Europa, em um intercâmbio e imersões internacionais. As bailarinas foram selecionadas nos eventos Circuito Norte em Dança, Festival Regional de Dança, Encontro Panamericano de Dança da Amazônia e Curso de Verão. Dentre as selecionadas há profissionais de Castanhal, Abaetetuba, Ananindeua e Benevides.
Para a professora de dança do Ballet MB, Dielle Angelim, de 32 anos, tem sido muito importante e rica a experiência deste intercâmbio. “Muito gratificante trazer para a Europa nossa cultura do Pará e mostrar para o mundo o quanto é rica e importante nossa dança. Maior ainda poder participar dessa experiência e agregar conhecimento para nosso currículo profissional e artístico. O intercâmbio será sem dúvida um divisor de águas para os bailarinos e nós professores. Foram vários trabalhos que trouxemos para apresentar nos festivais da Europa e o público está gostando muito do que vê, percebemos que não deixamos a desejar em nada e que o objetivo de impactar com os reflexos da cultura paraense foram alcançados”, destacou.
Dependendo do tipo de seleção as bailarinas têm desde os cursos custeados até hospedagem e passagens. A iniciativa é da professora paraense Valéria Zagury, que vive há 7 anos em Portugal. Valéria reside na cidade do Porto, no país lusitâno. Através de suas práticas artísticas, ela se tornou referência como professora e coreógrafa, alcançando prêmios internacionais, como melhor coreógrafa e coreógrafa destaque em diversos festivais. Atualmente, ela é professora na Attitude Academia de Artes, com ênfase em jazz, danças urbanas e comercial, além de ter experiências em diversos gêneros.
“O objetivo do projeto é beneficiar alguns bailarinos com passagens, hospedagem e os cursos de dança, foi o caso esse ano da bailarina de Abaetetuba Francisca Mendes, que teve as passagens, parte da hospedagem e cursos de dança custeado pela Attitude Academia de Artes, Valéria Zagury e outros patrocinadores do projeto. Entretanto, em parceria com o Circuito Norte em dança em outros casos os bailarinos podem receber apenas os cursos de dança, depende muito da seleção que estamos a fazer no momento”, explica Valéria.
No Brasil, Valéria recebeu premiações com o seu antigo espaço de dança, que ficava localizado no bairro da Cremação, em Belém. Agora, ela incentiva intercâmbios e apoia artistas que buscam e sonham com uma maior profissionalização na dança. “Depois de alguns anos a conviver e ver de perto como funcionava o regime dança em Portugal, em outros países da Europa, mas principalmente por ter uma relação bem consolidada com Joana Rodrigues, diretora da Attitude, e Patrycja Wojcik, produtora na Diamondstar, surgiu no meu coração o desejo em criar um projeto para beneficiar bailarinos a ter vivências também fora do Brasil”, enfatiza a professora Valéria.
Em Portugal, as bailarinas participarão de imersões com as professoras e coreógrafas Valéria Zagury, Joana Rodrigues e demais professoras da Attitude Academia de Artes. Além da participação de aulas e processos criativos proporcionados pela produtora cultural, coreógrafa e professora Patrycja Wojcik, diretora da DiamondStar Productions. Elas também participarão como convidadas do XIX Dancerveira, em parceira com a Associação de Dança do Eixo Íbero Atlântico - ADEIXA, coordenada pela diretora Liana Fortuna Rigon.
Na Espanha, a bailarina Nina Recco e sua professora Dielle Angelim participarão de imersão formativa no Barcelona Dance Center. Já na Grécia, os professores Igor Marques e Gysllene Araújo participarão do Congresso Internacional de Pesquisadores em Dança da UNESCO. Os dois estão elaborando apresentações artísticas do Dora Stratou Theater e publicarão artigo sobre pesquisa em dança na Amazônia.
“Por ser uma paraense apaixonada e querer mostrar que no Norte temos muitos talentos, muito potencial e uma cultura rica e linda, meu objetivo passou a ser os bailarinos do Pará, da Amazônia, e do Brasil. Eu já conhecia o produtor Igor Marques e o Circuito Norte em Dança, assim firmamos a parceria, e foi mais fácil o intercâmbio ser realizado com sucesso e muito aproveitamento de todos os envolvidos”, acredita Valéria.
Texto de Vito Gemaque (Jornalista do O Liberal)
Matéria disponível em: https://www.oliberal.com/cultura/bailarinos-paraenses-viajam-a-europa-em-intercambio-e-imersoes-na-danca-1.700367?fbclid=IwAR21W5N2odbQwpAtGSZdvOyldFGacaug9mJamLptcoI20LKbYH0qviOT1xg

INTERCÂMBIO BRASIL - URUGUAI
Nove jovens bailarinos de Porto Grande e Macapá (AP), Ananindeua, Marituba e Benevides (PA) iniciam sua jornada no Intercâmbio Internacional Brasil-Uruguai 2025, promovido pelo Circuito Norte em Dança e pelo Encontro Pan-Americano de Dança da Amazônia (PADAM), com apoio institucional do Instituto de Formación Artística (IFA), dirigido por Federico Lynch, renomado coreógrafo e professor uruguaio que esteve presente na edição de 2024 do Circuito no Brasil.
O intercâmbio é resultado direto das conexões multiculturais fomentadas pelas plataformas de circulação e formação do Circuito e do PADAM, que têm promovido, ao longo dos anos, a internacionalização da dança produzida na Amazônia e a inserção de jovens artistas em redes de cooperação internacional.
Durante a imersão de 15 dias no IFA, os participantes brasileiros terão acesso a aulas práticas e teóricas com foco em dança contemporânea, improvisação, técnicas somáticas, composição coreográfica, história da dança latino-americana e políticas culturais. Também integrarão laboratórios criativos com artistas locais e participarão de apresentações e rodas de diálogo com a comunidade artística uruguaia, tudo isso em um ambiente plurilíngue e de trocas interculturais intensas.
Para Igor Marques, diretor artístico do intercâmbio, produtor cultural e idealizador do Circuito Norte em Dança, essa experiência representa um salto simbólico e estrutural para os jovens selecionados: “Mais do que atravessar fronteiras geográficas, esses bailarinos estão cruzando fronteiras simbólicas. Eles levam a Amazônia no corpo e na voz. O intercâmbio não é apenas uma formação técnica; é também um processo de reconhecimento, de expansão e de afirmação da identidade cultural amazônica no cenário internacional. É disso que falamos quando defendemos políticas culturais que alcançam a juventude com equidade.”
Os jovens selecionados — oriundos de regiões periféricas e muitas vezes distantes dos grandes centros de formação artística — passaram por etapas rigorosas nas edições 2024 e 2025 do Circuito, sendo avaliados por profissionais do Brasil, do Chile e do Uruguai. O critério de seleção considerou não apenas a excelência técnica, mas também o engajamento social, a trajetória artística, o comprometimento e o potencial de multiplicação dos saberes em seus territórios de origem.
A maioria dos participantes vivencia, pela primeira vez, uma experiência internacional. Esse aspecto é um dos pilares do projeto, que busca ampliar horizontes e provocar transformações subjetivas profundas. “Esse intercâmbio muda tudo: muda a forma de ver a dança, muda a forma de ver o mundo e de nos vermos no mundo”, diz uma das participantes, de Benevides (PA), emocionada antes do embarque.
Matérias disponíveis em:
https://diariodopara.com.br/entretenimento/voce/bailarinos-realizam-intercambio-no-uruguai/

























